Embaixador chinês Cui Aimin publica artigo no Jornal O PAÍS
 
2018-09-27 17:48

Em 26 de Setembro de 2018, o Jornal O PAÍS publica artigo escrito por Embaixador Cui Aimin, titulado "Implementar Frutos da Cimeira e Abrir Nova Página de Cooperação". O texto inteiro segue-se em seguinte:

No início de Setembro, na qualidade de Embaixador da China em Angola, tinha a honra de acompanhar o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço a participar na Cimeira de Pequim do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). Tratou-se de, após a Cimeira de Joanesburgo, mais um encontro histórico da família China-África , que contou com a presença de 40 presidentes, 10 primeiro-ministros, 1 vice-presidente e o presidente da Comissão da União Africana, assim como do secretário geral da ONU e 26 representantes das organizações regionais e internacionais, demonstrando uma força magnífica da unidade, colaboração e desenvolvimento comum entre China e África.

A essência das relações China-África consiste na sinceridade, amizade, tratamento igual e desenvolvimento comum. Como países em desenvolviemento, a China e os países africanos criaram uma amizade profunda ao longo da luta anti-imperialista e anti-colonial e compartilham as sensações quanto aos tratamentos injustos na história. Por isso, conquistou a ressonância e os aplausos tempestuosos dos representantes africanos, o Princípio de Não Fazer Cinco Coisas levantado pelo presidente Xi Jinping no seu discurso na Cerimónia de Abertura da Cimeira. Isto é, não interferir na exploração dos países africanos do caminho de desenvolvimento que corresponde às suas próprias realidades, não interferir nos assuntos internos da África, não impor a vontade própria a terceiros, não impor qualquer precondição política nas assistências à África, não tirar proveitos políticos egoístas nos investimentos e financiamentos na África. Este princípio mostra o carácter das relações China-África essencialmente diferente daquelas dos outros países com a África, e constitui uma garantia importante para a prosperidade e durabilidade da Cooperação China-África. Um líder africano comentou assim: “ A China tem colocado sempre a amizade em primeiro lugar e apoiado sinceramente o desenvolvimento da África, contrastando com o tratamento desigual duns países grandes para com a África.”

As relações China-África conseguiram muitos êxitos benéficos aos povos. Nos anos recentes, as duas partes têm aumentado os intercâmbios a alto nível e a confiança mútua, colaborado intimamente nos assuntos tais como a mudança climática e a Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável, salvaguardado os interesses comuns e a igualdade e justiça na comunidade internacional. Vários países africanos fizeram doações valiosas à China após o terramoto de Wenchuan, e levantaram a voz em prol da justiça para apoiar a China na questão de Mar do Sul da China. A China tornou-se o maior parceiro comercial da África pelo nono ano consecutivo, tem feito diversos investimentos mais de USD 100 bilhões na África com mais de 3200 empresas chinesas a cá operarem. A parte chinesa enviou à África mais de 25 mil médicos que fizeram consultas gratuitas a mais de 300 milhões pacientes. A China tem enviado as forças de manutenção da paz a RDC, Mali, Libéria e Sudão do Sul, e 30 frotas para as águas do Golfo de Áden e águas somalis para escoltar mais de 6000 navios chineses e estrangeiros, contribuindo para a paz e o desenvolvimento da África. A amizade sino-africana passou pelo teste da história e será herdada de geração em geração.

O rumo das relações China-África é construir uma comunidade de destino comum. A Cimeira aprovou os dois documentos-fruto, a Declaração de Pequim e o Plano das Acções de Pequim 2019-2021, definiu a missão conjunta da China e África para construir uma comunidade de responsabilidades partilhadas, benefícios mútuos, felicidade partilhada, prosperidade comum das culturas, segurança comum, e convivência harmoniosa. Além disso, o presidente Xi Jinping propus a iniciativa das Oito Ações, isto é, a promoção das indústrias, a conexão das infraestruturas, a facilitação comercial, o desenvolvimento verde, a construção das capacidades, a melhoria da saúde, o intercâmbio cultural e entre os povos, e a manutenção da paz e segurança, e anunciou o apoio financeiro da China no valor de US$ 60 bilhões, esboçando um caminho concreto para atingir o objectivo de construção desta comunidade. De mãos dadas, a China e África andarão nesta senda e contribuirão mais para a paz e desenvolvimento da humanidade.

Compete à China e Angola implementar juntos os frutos da Cimeira de Pequim e criar um paradigma para a cooperação mutuamente benéfica e desenvolvimento comum entre a China e África. À margem da Cimeira, o Presidente Xi Jinping manteve um encontro bilateral com o Presidente João Lourenço, avaliando positivamente a parceria estratégica e abordando a conexão da cooperação bilateral com a cooperação China-África. As duas partes assinaram o Memorando de Entendimento de Construção Conjunta de Uma Faixa e Uma Rota, ligando a Iniciativa de Uma Faixa e Uma Rota à estratégia de diversificação económica. Ao desempenhar a função mais construtiva, Angola beneficiará mais deste Fórum. Num período próximo, o Presidente João Lourenço efectuará ainda uma visita de estado à China na qualidade do primeiro chefe de estado africano que visita a China após a Cimeira de Pequim. Estou confiante de que o re-encontro entre os dois líderes num curto tempo consolidará ainda mais a confiança política mútua, desenhará o plano geral de cooperação, indicando a direcção do desenvolvimento das relações entre os dois países na próxima etapa duma perspectiva estratégica, abrindo uma nova página de cooperação mutuamente benéfica.

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