Avançar conjuntamente para um futuro melhor de paz duradoura
e segurança universal
——Gong Tao, Embaixador da China em Angola
Em Março do ano corrente, a Presidente da Assembleia Nacional de Angola, Carolina Cerqueira, ao discursar na 146ª Assembleia-Geral da União Inter-parlamentar, reafirmou o compromisso de Angola para com a promoção e preservação da paz e da segurança a nível mundial, frisando "Devemos ter sempre presente que a paz representa prioridade na agenda global para o desenvolvimento, justiça social, estabilidade e solidariedade humana". Eu não podia estar mais de acordo. Um antigo filósofo chinês observou, "A estabilidade traz prosperidade a um país, enquanto a instabilidade leva um país à pobreza". A segurança é a condição prévia para o desenvolvimento. Nós, como humanidade, estamos a viver numa comunidade indivisível de segurança. No entanto, o mundo de hoje não é tranquilo: as mudanças profundas do mundo nunca vistas num século estão a evoluir rapidamente, a concorrência entre os principais países está a intensificar-se, os conflitos geopolíticos estão a aumentar, o sistema de governação da segurança mundial está lamentavelmente atrasado, e as ameaças tradicionais e não tradicionais à segurança continuam a aumentar. De que conceitos de segurança necessita o mundo? Como é que os países podem alcançar uma segurança comum? Estas são as questões atuais que se colocam a todos nós.
A escolha feita pela China é clara. Em Abril de 2022, o Presidente Chinês Xi Jinping propôs a Iniciativa de Segurança Global (GSI), que defende a visão de uma segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, persegue o objectivo a longo prazo de construir uma comunidade de segurança, e defende um novo caminho para a segurança, que privilegia o diálogo em detrimento do confronto, a parceria em detrimento da aliança e a vantagem mútua em detrimento da soma zero. A GSI incorpora os princípios fundamentais da visão de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e foi calorosamente recebida pela comunidade internacional aquando da sua apresentção. Em Fevereiro do ano corrente, a China publicou oficialmente o documento conceptual da GSI. O documento conceptual expõe as ideias e os princípios fundamentais da GSI, estabelece 20 prioridades de cooperação em resposta às actuais preocupações mais significativas e prementes em matéria de segurança internacional, incluindo a manutenção do papel central da ONU, a facilitação da resolução política de questões de crise, a resolução de desafios de segurança tradicionais e não tradicionais e o reforço do sistema e da capacidade de governação da segurança mundial. O documento também identifica plataformas e mecanismos de cooperação. Tudo isto demonstra mais uma vez o sentido de responsabilidade da China na salvaguarda da paz mundial e a sua firme determinação em defender a segurança global
Sem paz e desenvolvimento em África, não haverá estabilidade e prosperidade no mundo. Como o maior país em desenvolvimento do mundo, a China e os países africanos compartilham um destino comum. A China tem sido apoiante firme, participante construtivo e contribuinte activo para a causa da paz e segurança em África. Quer se trate do lançamento da GSI ou da elaboração do documento conceptual, a China tem sempre em conta as preocupações dos países africanos em matéria de segurança. Entre as 20 prioridades de cooperação definidas no documento conceptual da GSI, encontram-se prioridades como o apoio aos esforços de segurança dos países africanos, da União Africana e das organizações sub-regionais, o apoio aos países africanos no reforço da sua capacidade de salvaguardar a paz de forma independente e o apoio à resolução dos problemas africanos à maneira africana. O documento sublinha igualmente a necessidade de aproveitar melhor o Fórum China-África para a Paz e a Segurança, com o objectivo de continuar a concentrar-se na causa da paz e da segurança em África e de ajudar a África a atingir o objectivo de "Silenciar as Armas" .
A paz e a segurança são como a luz do sol e a chuva; são consideradas como adquiridas, mas ninguém pode viver se as perder. A manutenção da paz internacional e a promoção de um desenvolvimento comum são objectivos e metas comuns para a China e Angola. Sob a liderança do Presidente João Lourenço, Campeão da União Africana para a Reconciliação e Paz em África, Angola participa, activamente, na governação de segurança global e africana, coopera eficazmente com países regionais e a comunidade internacional em questões como a manutenção da paz e estabilidade na região dos Grandes Lagos, combate ao terrorismo e à pirataria, e tem feito uma série de trabalhos de mediação e pacificação entre países regionais, o que recebe elogios da comunidade internacional. A China aprecia a mediação activa da parte angolana nos focos de tensão regionais e espera aprofundar a comunicação e os intercâmbios com a parte angolana, com a implementação da Iniciativa de Segurança Global, trabalhando de mãos dadas e avançando conjuntamente para um futuro melhor de paz duradoura e segurança universal.
